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A NOSSA APOSTA MAIS BONITA!
Ol@r 2025 =)
Obrigado por estarem por perto.
Somos muito gratas a todas vocês Desobedientes, nos vemos já já em 2025!
“Sigo de cá com os olhos fechados, sentindo o vento passar na minha pela e meus olhos escorrendo mais uma vez com o desejo de ser um pássaro. Há cinco anos venho tecendo junto com os “meus irmãos de mesmo barco”, um traço na minha existência. Entre inícios e fins de mundo, aprender a confiar. Entre fins e reivenção de mundos palpar a minha própria pele, saborear o que me toca a boca e os olhos. Ainda me lembro daquele ateliê, das nossas conversas entre a feira de São Félix, no ônibus comendo milho assado, no sorriso flagrado escapando de uma lembrança. Me lembro quando pisei pela primeira vez nessa terra. Úmida, aerada, macia, nutrida. Pude sentir também a aspereza dos meus pés, o peso do meu corpo cedendo ao chão, lembro também das minhas pernas flexionadas e a cabeça remando junto às leves marés de paraguaçu. Embora eu siga tentando, é um desafio imenso encontrar palavras que consigam traduzir esse lugar, essa terra, agora Instituto Práticas Desobedientes. Aqui desejamos partilhar.”
(Jamile Cazumbá, dez. 2024)
lab-performance VOLTANDO A DESENHAR COM OS COTOVELOS - Foto: Victória Nasck
ALGUNS DOS NOSSOS ÚLTIMOS MOVIMENTOS:
1. Jamile Cazumbá, fundadora do Instituto Práticas Desobedientes, é uma das artistas premiadas na itinerância dos Salões de Artes Visuais da Bahia em Cachoeira
A performance Um ritual-recital-performático III: um lugar que eu digo saber inventar de Jamile Cazumbá foi uma das obras premiadas na abertura da 70ª edição dos Salões de Arte da Bahia. A artista, integrante do grupo permanente de pesquisa e criação do Instituto Práticas Desobedientes, desenvolve desde 2019 a pesquisa interdisciplinar "ritual-recital-performático" que explora memórias celulares de outros corpos negros para criar estratégias de existência para além da subalternidade e da violência. Por meio de práticas corporais, escrita, desenho e vídeos, Cazumbá propõe uma ação de conversão, onde os gráficos de morte se transformam em gráficos de vida.
Cortesia Verbo 2022 - Foto: Filipe Berndt
2. Desde que eu soube dessa terra já não me sinto desamparada
A partir de 23 de dezembro estará disponível para leitura o projeto “Desejar o menor das grafias, ensaiar escrituras outras desde aí” lançado pela editora do PPGArtes/UFPA e organizado por Maria dos Remédios de Brito e Lindomberto Ferreira Alves.
Na publicação Allan da Silva, Dani de Iracema, Dayane Ribeiro, David Sol, Frekwéncia, George Telles, Jamile Cazumbá, JeisiEkê de Lundu, Kaick Rodrigues, Larissa Neres, Leo Terral, Marcos da Matta, Rafael Ramos e Tarcísio Almeida integrantes do grupo aberto de pesquisa “Desde que eu soube dessa terra já não me sinto desamparada” realizado entre julho e setembro deste ano, se reúnem para pensar as contribuições das práticas de socialidade negras em suas pesquisas.
“Virou-se para a Intenção e disse: Diga meu nome, cante para mim meu verdadeiro nome. Virou-se como quem já escreveu seu próprio nome na bandeira de tempo, antes mesmo de saber”
O ebook reúne 21 ensaios críticos e um ensaio visual assinados por 40 autor_s provenientes de diferentes áreas do conhecimento e contextos sociobiodiversos e traz referências a autor_s como Audre Lorde, bell hooks, Conceição Evaristo, Michel Foucault, Édouard Glissant e Saidiya Hartman. A coletânea destaca a força da escrita não hegemônica emancipatória, que desestabiliza convenções estilísticas e narrativas, enquanto convida o público leitor a engajar-se em práticas éticas e reflexivas.
3. Marcos da Matta é selecionado para o Programa de Residências Artísticas e Intercâmbios do Centro Cultural do Cariri
A partir da convocatória realizada pela Pivô Salvador Marcos da Matta e Milena Ferreira poderão desenvolver suas pesquisas em 2025 no Centro Cultural do Cariri, um espaço dedicado à discussão e promoção da arte, ciência e tecnologia no Ceará.
Acervo IPD - Foto: George Teles
4. Confira a programação pública que realizamos em Cachoeira entre os dias 4 e 5 de dezembro na Fundação Hansen Bahia
PARA CONTINUAR, CONSTRUÍMOS UM BARCO foi o nome do seminário realizado pelas artistas integrantes do grupo permanente de pesquisa e criação 2024 do Práticas Desobedientes. No encontro nos perguntamos como as práticas de socialidade articuladas por nosso grupo informam os espaços de estudo que pensam os processos de criação como campo generativo de saúde e liberdade.
lab-performance VOLTANDO A DESENHAR COM OS COTOVELOS - Foto: Victória Nasck
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